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sábado, 4 de setembro de 2010

INTRODUÇÃO AO ESTUDO ESCATOLÓGICO


A Teologia divide-se em diversos ramos de estudo, os quais estudam aspectos relacionados especificamente com Deus, com a salvação, com os anjos, com o homem etc. Dentre esses ramos passaremos a comentar a partir de hoje sobre Escatologia que trata do estudo das coisas futuras ou relacionadas com o “fim”.

Etimologia da palavra

O termo Escatologia tem origem em duas palavras gregas (εσχατος “escatos’’ = último e λόγος “logos” = palavra, tendo aqui o significado de estudo). Portanto, em se tratando de teologia a tradução do termo escatos tem como significado o estudo das últimas coisas, ou dos últimos acontecimentos. Escatologia é uma parte da teologia que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final do gênero humano, comumente denominado com o fim do mundo. Nesse sentido nos referimos aos acontecimentos que foram preditos na Bíblia Sagrada, eis a razão pela qual a chamamos de escatologia bíblica.

É importante, trazermos a tona que a história da humanidade vem atravessando épocas e desta forma já estamos no Séc. XXI após Cristo. As fases ou épocas são chamadas de dispensações.

A primeira delas é a dispensação (ou era) da inocência, que foi o período em que Adão vivia em perfeita comunhão com o criador. Esta é a primeira das épocas do ser humano na terra. Este período acabou com a desobediência de Adão que passou a ter conhecimento do bem e do mal.

Esse evento deu início a segunda dispensação que é a da consciência, onde o homem agora deveria trabalhar e obter seus provimentos através de seu esforço, com conhecimento da natureza moral dos atos pessoais. Essa época se estendeu até o momento que Deus fez a aliança com Noé quando ele saiu da arca após o dilúvio.

Com esta aliança estabeleceu-se a terceira dispensação conhecida como governo humano, período este que perdurou no tempo até que o Senhor fez uma nova aliança, desta feita com o Patriarca Abraão.

Com este fato iniciou-se a quarta dispensação que é a patriarcal ou da promessa, que tinha como propósito levar Abraão e seus descendentes a terem fé em Deus e obedecê-lo principiando-se a idéia de preparar uma nação que se tornaria a precursora do Redentor. “O verdadeiro cumprimento da promessa da semente da mulher. (Mt. 1.1)

Passado este período chegava a quinta dispensação que ficou para sempre marcada, principalmente para os judeus, estamos falando da dispensação de lei, estabelecida com o povo hebreu que o Senhor tirou do Egito com muitos sinais e prodígios. Nessa dispensação Deus nos mostrou o quanto ele é soberano quando instituiu o culto no Tabernáculo, o qual trazia seus elementos de culto como símbolos de Cristo, tais como: candelabro, altar dos sacrifícios, pães da proposição e outros. Esta durou até que chegasse o tempo do qual Deus havia falado à serpente que da mulher nasceria um que lhe feriria a cabeça. (Gn 3.15).

Em uma época tão conturbada em Israel, em que aquela nação era governada pelos romanos, num momento de declínio espiritual entre o povo escolhido – percebe-se pela formação do Sinédrio, que era o tribunal de apelação dos judeus, formado naquela época por fariseus e “saduceus” (At. 23.6), estes últimos se quer acreditavam em anjos e em ressurreição, coisas que a Bíblia mostra claramente existir, evidenciando o distanciamento daquele povo em relação ao Deus que se mostrou ao mundo através deles. 

Justamente nesse contexto é que tem fim a quinta dispensação e se inicia a dispensação da graça, aleluia! Esta é a sexta dispensação. Já se passaram mais de dois mil anos desde que Jesus nasceu, a graça teve ênfase com as palavras de Cristo na cruz: “Está consumado”. (João 19.30b). Graça vem do grego xaris = favor imerecido. Estamos desfrutando desta dispensação até que Jesus volte, pois com sua vinda terá início a sétima e ultima das dispensações que é a dispensação do Governo Divino.

Após essa contextualização, estaremos comentando acerca da sétima dispensação “Governo Divino” começando a partir do próximo domingo 12/09/10, prolongando-se pelos demais domingos subseqüentes, onde trataremos sobre os assuntos relacionados com os tópicos abaixo descritos que constituem o objeto do nosso estudo.

I - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
a)Conceitos
II- O ARREBATAMENTO DA IGREJA
a)Ocasião
III- A TRIBULAÇÃO
a)Definição
b)Duração
c)Descrição
IV- O MILÊNIO
a)Definição
b)Suas Designações
c) Seu Governo
d) Satanás
V- OS JUÍZOS FUTUROS
1. O Tribunal de Cristo:
a) Tempo
b) Lugar
c) Juiz
d) Participantes
e) Resultado
f) Texto Base

2. Julgamento dos mortos perdidos:
a) Tempo
b) Lugar
c) Juiz
d) Participantes
e) Resultado
f) Texto Base
VI- AS RESSURREIÇÕES
a)Ocasiões
VII – ESTADO ETERNO FINAL

Cabe lembrar que é necessário bastante cuidado com o estudo da escatologia, tendo em vista que não podemos especular por demais acerca dos pontos em que a Bíblia se cala, pois como ela própria deixa claro, há coisas encobertas, são mistérios que estão ocultos, e se estão ocultos para o Senhor estão, até que chegue o tempo em que teremos conhecimento total das coisas, pois o Senhor mesmo nos revelará. As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei. (Dt 29.29).

Até a próxima postagem, que Deus continue nos abençoado. A Paz do Senhor.

Dc. Messias Alves da Silva 
2º Superintendente da Umadai e Vice Dirigente da EBD na Igreja Matriz.
Assembléia de Deus Pernambuco em Afogados da Ingazeira-PE.

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