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terça-feira, 28 de setembro de 2010

O ARREBATAMENTO DA IGREJA

Conceito
O Arrebatamento da igreja é o evento no qual Deus removerá todos os crentes da terra para abrir caminho a fim de que Seu justo julgamento seja derramado sobre a terra durante o período da Tribulação (7 anos). O Arrebatamento é descrito principalmente em I Tessalonicenses 4.13-18 e I Coríntios 15.50-54.

 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4.16-17).

I Coríntios 15.50-54 evidencia a natureza instantânea do Arrebatamento bem como nos corpos glorificados que receberemos, conforme se verifica nas palavras do Apóstolo Paulo:

“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Coríntios 15:51-52).

O Arrebatamento é o acontecimento glorioso que devemos esperar ansiosamente, pois com este evento estaremos livres do pecado para todo o sempre e, desta forma, permaneceremos para sempre na presença do Eterno e Glorioso Deus, que quer que nos encorajemos uns aos outros. O objetivo de Deus em nos revelar acerca do rapto da igreja não é nos amedrontar e sim a estarmos preparados (Gr. Kosmeo) e esperarmos vigilantemente a sua volta.

A Ocasião do Arrebatamento

Assim como acerca da vinda do Senhor, há diversos pontos de vista, os quais apresentamos a seguir, onde trazemos uma explanação sucinta sobre cada uma deles, no entanto, com mais ênfase sobre a forma de arrebatamento aceita entre os seguidores de Cristo na qual nós cremos.

a) Pós-milenistas e A-milenista
Estes vêem o arrebatamento da Igreja no final desta era e simultâneo com a segunda vinda de Cristo. Assim, não distinguem a vinda do Senhor para arrebatar a Sua Igreja, como distinta da vinda do Senhor para Reinar. Mas, de fato, o Senhor quando vier em poder e glória para reinar, "nós nos manifestaremos com Ele" (Romanos 8.19; Cl. 3.3-4).

b) Arrebatamento pré-tribulacional
O arrebatamento da Igreja, ou seja, a vinda do Senhor nos ares para os Seus santos, ocorrerá antes que comece o período de sete anos da Tribulação. Na verdade o rapto da igreja é o marco inicial para o governo do Anticristo e para a chegada da grande Tribulação e, assim sendo, a Igreja não passará por este período que a bíblia chama de angustia de Jacó – Israel.

c) Arrebatamento meso-tribulacional
Nesse entendimento o arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do período da Tribulação. Desta forma, a igreja só estaria livre na metade da Grande Tribulaçã.

d) Arrebatamento pós-tribulacional
Conforme esse entendimento, o arrebatamento acontecerá ao final da Tribulação, sendo distinto da segunda vinda, embora separado dela por um pequeno intervalo de tempo. Isso faz-nos entender que nesta interpretação a Igreja de Cristo permanece na Terra durante todo o período da Tribulação.

Nossa posição em relação ao Arrebatamento
Entendemos que a doutrina do Arrebatamento pré-tribulacional configura-se como uma ensino bíblico vital e importante não apenas por oferecer percepções interessantes sobre o futuro, mas também porque oferece aos crentes motivação para a vida contemporânea, sabendo que perto está o Senhor.
Como visto acima o Arrebatamento pré-tribulacional ensina que, antes do período de sete anos conhecido como Tribulação, todos aqueles que fazem parte do corpo de Cristo, ou seja, os membros desse corpo – entendam-se os vivos e os mortos que ressuscitarem naquele momento - serão arrebatados nos ares para o encontro com Jesus Cristo nas nuvens para serem levados ao céu.
Apoiamos a razão de nossa fé concernente ao Arrebatamento, em diversas referências bíblicas, algumas das quais passamos a expor:

1º Motivo - A promessa de a Igreja ser guardada da hora da provação.
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. (Ap.3.10)

2º Motivo - A remoção do aspecto de habitação no ministério do Espírito Santo exige necessariamente a remoção dos crentes. (2Ts 2.5-9)
Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira.

3º Motivo - A tribulação é um período de derramamento da ira de Deus, da qual a Igreja já está isenta.
E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura. (I Tessalonicenses 1.10)

 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo. (I Tessalonicenses 5.9)

Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir? (Apocalipse 6.17)

4º Motivo - O arrebatamento só pode ser iminente se for pré-tribulacional Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão. (I Tessalonicenses 5.4)

O ensino de que Cristo poderia voltar a qualquer momento e arrebatar a Sua Igreja sem sinais ou advertências prévios, ou seja, com iminência é um argumento muito forte e tão poderoso em favor do pré-tribulacionismo que os oponentes dessa posição tentam rechaçá-lo vorazmente com suas doutrinas.

O que é iminência?

O Dr. Renald Showers define e descreve iminência da seguinte maneira:
1) Um acontecimento iminente é aquele que está sempre "pairando acima de alguém, constantemente prestes a vir sobre ou a alcançar alguém; próximo quanto à sua ocorrência" (The Oxford English Dictionary, 1901, V. 66). Assim, a iminência traz consigo o sentido de que algo pode acontecer a qualquer momento. Outras coisas podem acontecer antes do evento iminente, mas nada precisa acontecer antes que ele aconteça. Se alguma coisa precisa acontecer antes de determinado evento ocorrer, tal evento não é iminente. Em outras palavras, a necessidade de que algo ocorra antes destrói o conceito de iminência.
2) Uma vez que é impossível saber exatamente quando ocorrerá um evento iminente, não se pode contar com a passagem de determinado período de tempo antes que tal evento iminente ocorra. À luz disso, é preciso estar sempre preparado para que ele aconteça a qualquer momento.
3) Não se pode legitimamente estabelecer direta ou implicitamente uma data para sua ocorrência. Assim que alguém marca uma data para um evento iminente, destrói o conceito de iminência, porque ao fazer isso afirma que um determinado intervalo de tempo deve transcorrer antes que tal evento ocorra. Uma data específica para um evento é contrária ao conceito de que tal evento possa ocorrer a qualquer momento.
4) É impossível dizer legitimamente que um evento iminente vai acontecer em breve. A expressão "em breve" implica que tal evento precisa ocorrer "dentro de um tempo pequeno (depois de um ponto específico designado ou implícito)". Em termos de contraste, um evento iminente pode ocorrer dentro de um pequeno intervalo de tempo, mas não precisa fazê-lo para ser iminente. Espero que você perceba, agora, que "iminente" não é igual a "em breve".
O fato de que Jesus Cristo pode voltar a qualquer momento, mesmo que não necessariamente em breve, e sem a necessidade de qualquer sinal anterior à Sua vinda, requer o tipo de iminência ensinado pela posição pré-tribulacionista e é um forte apoio ao pré-tribulacionismo.
Ao considerarmos as passagens mencionadas acima, observamos que Cristo pode voltar a qualquer momento, que o Arrebatamento é de fato iminente. Somente o pré-tribulacionismo pode dar um sentido pleno, literal, a tal acontecimento iminente. Outras posições sobre o Arrebatamento precisam redefinir iminência de maneira mais elástica do que indica o Novo Testamento. O Dr. John Walvoord declara: "A exortação a que aguardemos a ‘manifestação da glória’ de Cristo para os Seus (Tito 2.13) perde seu significado se a Tribulação tiver que ocorrer antes. Fosse esse o caso, os crentes deveriam observar os sinais." Se a posição pré-tribulacionista sobre a iminência não for aceita, então haverá sentido em procurar identificar os eventos relacionados à Tribulação (i.e., o Anticristo, as duas testemunhas, etc.) e não em esperar o próprio Cristo. O Novo Testamento, todavia, como demonstrado acima, uniformemente instrui a Igreja a olhar para a volta de Cristo, ao passo que os santos da Tribulação são exortados a observar os sinais.
A exortação neo-testamentária a que nos consolemos mutuamente pela volta de Cristo (João 14.1; 1 Tessalonicenses 4.18) não mais teria sentido se os crentes tivessem, primeiro, que passar por qualquer porção da Tribulação. Em vez disso, o consolo teria que esperar a passagem pelos eventos da Tribulação. Não! A Igreja recebeu uma "bendita esperança", em parte porque a volta do Senhor é, de fato, iminente.
A Igreja primitiva tinha uma saudação especial que os crentes só usavam entre si, conforme registrado em 1 Coríntios 16.22: a palavra "Maranata!" Esta palavra é constituída de três termos aramaicos: Mar ("Senhor"), ana ("nosso"), e tha ("vem"), significando, assim, "Vem, nosso Senhor!" Como outras passagens do Novo Testamento, "Maranata" só faz sentido se uma vinda iminente, ou seja, a qualquer momento, for pressuposta. Isso também serve de apoio à posição pré-tribulacionista.
Não foi à toa que os antigos cristãos cunharam essa saudação peculiar que reflete uma ansiosa expectativa pelo cumprimento dessa bendita esperança como uma presença real em suas vidas cotidianas. A vida da Igreja em nossos dias só teria a melhorar se "Maranata" voltasse a ser uma saudação sincera nos lábios de crentes que vivem com esta expectativa. Maranata !
Extraido do site: (http://www.chamada.com.br - Thomas Ice e Timothy Demy).
O ensino do Arrebatamento é mais claramente apresentado em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo mostra aos seus leitores de que os crentes que estiverem vivos na ocasião do Arrebatamento serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles – já ressuscitados. No versículo 17 a palavra "arrebatados" traduz a palavra grega harpazo, que significa "dominar por meio de força" ou "capturar".

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos  que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. (I Tessalonicenses 4.13-18).

Como sabemos o Novo Testamento que foi escrito em grego, usa harpazo com o sentido de "arrastar" ou "carregar para longe" (Mateus 12.29; João 10.12). Também pode ser usada com o sentido de "levar embora com uso de força" (João 6.15; 10.28-29; Atos 23.10; Judas 23). Para uma melhor compreensão é como se uma ave de rapina como a águia, por exemplo, arrebatasse sua presa. No entanto, para nossos propósitos, um terceiro uso é muito mais expressivo. Neste caso diz respeito ao Espírito Santo (pneuma) levando alguém de um lugar para outro. Encontramos esse uso em quatro episódios como bem explicita as referências a seguir: Atos 8.39; 2 Coríntios 12.2, 4; 1 Tessalonicenses 4.17 e Apocalipse 12.5).

Atos 8.39, mostra-nos a ocasião em que Filipe, ao completar o batismo do oficial etíope, é "arrebatado" e divinamente transportado do deserto até a cidade de Azoto. Semelhantemente, a Igreja será, num momento (átomos), levada da terra ao céu.

Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo (I Coríntios 15:51-57).
Amados irmãos, EIRENE TOU KURIOS – a paz do senhor Jesus e até o próximo encontro onde trataremos acerca da TRIBULAÇÃO.

Dc. Messias Alves da Silva
2º Superintendente da Umadai e Vice Dirigente da EBD na Igreja Matriz.
Assembléia de Deus Pernambuco em Afogados da Ingazeira-PE.

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